
Sou daqueles que acredita que nada é por acaso. Não que eu creia
em destino, mas tenho comigo a ideia de que há um motivo, maior que nós, para
que certas pessoas passem por nossas vidas. Sim, é como dizem: nossa vida e com
os que ficam. No fundo a gente sabe muito bem quem deve ficar.
Às vezes, por um motivo ou outro, surgem os desencontros. A
amizade mudou de endereço, o amor foi sufocado pela rotina, os parentes mudaram
de opinião com relação à sua pessoa. A segunda maior certeza desta vida (a
primeira é a morte do corpo) é que as pessoas mudam. Sortudos são aqueles que
conseguem mudar juntos, ou melhor ainda, mudam mas se aceitam, se admiram. Aqueles
que não fazem parte mais do nosso convívio, por alguma razão, também têm seus
motivos, mas o mais belo de tudo isso é quem consegue seguir junto por anos,
décadas.
Convenhamos, uma das coisas mais belas desta vida é o
reencontro. E não estou falando apenas de um abraço apertado após uma longa
viagem distante de pessoas queridas, estou falando da possibilidade de antigas
amizades se refazerem e de grandes amores terem amadurecido a ponto de
reconhecer que o motivo do término foi completamente irrelevante, e que ainda
há sentimento, um sentimento muito maior após reatar os laços. Tudo sem excesso
de nostalgia, é claro. Ainda há muitos dias felizes pela frente. Que sejam
imensos e infinitos.
Uma coisa é certa: não existe reencontro por conveniência.
Os verdadeiros reencontros são como os encontros: você sente que existe
cumplicidade ali, existe amizade, existe amor (e não falo só no sentido romântico,
mas de grandes amigos também). É quase como um sexto sentido. Não deixe a
oportunidade passar.
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