14/10/2011

Vertigens da memória [parte IV]

Vertigens
Foto por: Adon LXXXIII

O encontro de dois tempos diferentes, como aquele comercial sobre o mundo sem fronteiras, é similar ao choque de duas pedras: a probabilidade de sair faísca é grande. Mas, ao contrário deste embrião do fogo, o atrito acontece de maneira agradável, passando longe da negatividade. Deparar-se com o passado, vivo em sua totalidade e diante dos olhos, é como poder voltar no tempo por alguns instantes.

Não se trata exatamente de nostalgia, mas sim de ares jovens que ajudam a soprar o maduro tempo presente com o mesmo humor dos dias de ontem. A casualidade deste encontro é o que torna tudo tão interessante e nos faz lembrar de algumas coisas importantes que às vezes tornam-se secundárias até desaparecer. Mais do que isso, o sentimento de familiaridade nos domina enquanto nossa mente faz questão de nos mostrar memórias do passado enquanto trocamos algumas palavras sobre o hoje e o amanhã.

Após o vertiginoso encontro, as mãos acenam um adeus e trilhamos nosso caminho com um sorriso no rosto, pensando neste momento tão especial que acabamos de viver. Continuamos a caminhada em direção ao futuro, com um pouco de saudade, mas sabendo que o que fica na memória é apenas para se deliciar, pois se tentarmos trazê-los para hoje, estes momentos poderão estragar. Mesmo assim, brindamos.

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