No tempo de Fernando Pessoa, o poeta era um fingidor. Hoje não é preciso ser poeta; basta estar vivo para escolher seu lugar no baile de máscaras. Se você não participa, assiste, e portanto, faz parte deste universo. Ontem, víamos aquele indivíduo observando um mundo de possibilidades entre os integrantes. Hoje, ele se arrisca no palco principal, mesmo com o veneno implícito no ar. A busca pela verdade o motivou a escolher a máscara de Hórus para usar. Quanta ironia.
Às vezes desperta nele uma grande vontade de fechar as cortinas, mas não existe vida fora do teatro. Pelo menos, é o que dizem. Todos que decidiram abandonar o baile de máscaras não voltaram mais. Então o espetáculo em tempo real segue, e as vezes o veneno sutil causa um efeito entorpecente, proporcionando uma ligeira e momentânea sensação de bem-estar.
Não foi preciso muito tempo para que o vermelho se transformasse em ferrugem. O corpo está farto de trabalhar para uma alma insatisfeita. O coração anseia sentir o mundo, mas ao mesmo tempo quer desligar-se dele. O que move aquele indivíduo talvez seja a música da pianista que sussurra palavras de conforto em seu ouvido, e por ora grita melodias de esperança.
Todos os dias ele sorri sutilmente, e o olhar é firme, mas o coração sangra, e a alma grita. O indivíduo está cansado, exausto. Os pés caminham pelo mundo de maneira automática; os dedos digitam textos sobre as maravilhas que os outros podem aproveitar; mas só os outros. A felicidade não faz parte do vocabulário; o prazer já não existe; e o amor é algo que entalou na garganta e o sufoca cada vez mais.
Para ele, a vida é o maior presente de grego.
Não foi preciso muito tempo para que o vermelho se transformasse em ferrugem. O corpo está farto de trabalhar para uma alma insatisfeita. O coração anseia sentir o mundo, mas ao mesmo tempo quer desligar-se dele. O que move aquele indivíduo talvez seja a música da pianista que sussurra palavras de conforto em seu ouvido, e por ora grita melodias de esperança.
Todos os dias ele sorri sutilmente, e o olhar é firme, mas o coração sangra, e a alma grita. O indivíduo está cansado, exausto. Os pés caminham pelo mundo de maneira automática; os dedos digitam textos sobre as maravilhas que os outros podem aproveitar; mas só os outros. A felicidade não faz parte do vocabulário; o prazer já não existe; e o amor é algo que entalou na garganta e o sufoca cada vez mais.
Para ele, a vida é o maior presente de grego.
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