28/04/2011

Se o amor não for correspondido

vinho

Se o amor não for correspondido;
Distrair-me-ei com outras coisas;
Aproveitarei a boemia com meus grandes amigos;
Música ambiente, cigarros e vinhos.

Se o amor não for correspondido;
Ficarei a ouvir os pingos de chuva na janela;
Lembrarei a todo o momento, de hora em hora;
Da frase que diz que chove mais do lado de dentro do que de fora.

Se o amor não for correspondido;
Acenderei meu cigarro e tomarei meu vinho;
Beberei a cor do amor e expirarei minh’alma;
E quando eu estiver novamente com os pés no chão;
Vou devorá-la com os olhos e guardá-la dentro de mim, para sempre.

06/04/2011

O coração que anseia sentir o mundo

piano

No tempo de Fernando Pessoa, o poeta era um fingidor. Hoje não é preciso ser poeta; basta estar vivo para escolher seu lugar no baile de máscaras. Se você não participa, assiste, e portanto, faz parte deste universo. Ontem, víamos aquele indivíduo observando um mundo de possibilidades entre os integrantes. Hoje, ele se arrisca no palco principal, mesmo com o veneno implícito no ar. A busca pela verdade o motivou a escolher a máscara de Hórus para usar. Quanta ironia.