27/04/2010

C’est la vie

folhas

A pergunta mais simples e ao mesmo tempo mais complexa que existe é: “o que é a vida?”. Ninguém sabe ao certo definir, mas todos nós vivemos dia após dia essa peça de teatro, como diria Charles Chaplin. Indo mais além, há quem faça paralelos da vida com outras situações, como uma partida de xadrez, aonde cada movimento é decisivo e sem volta. Isso é o que torna a vida tão fascinante e ao mesmo tempo tão obscura: as decisões sem volta e sem a opção de saber qual seria “o outro lado da moeda” caso seguíssemos um caminho diferente do escolhido.

Horácio já disse em um de seus poemas: “Carpe Diem”, ou seja, aproveite o momento. No cinema, o professor Keating, interpretado por Robin Williams no filme Sociedade dos Poetas Mortos, usava dessa expressão para que seus alunos “fizessem de suas vidas algo extraordinário”. Sim, precisamos tornar cada dia único, e aí é que está o grande desafio da vida, que baseada nesse sistema de governo, tende a se tornar uma grande rotina.

Somando todos os nossos sonhos com o atual estilo de vida, acabamos por criar aquilo que mais corrói o ser humano: as expectativas. Creio que tudo seria muito mais prazeroso se não tivéssemos o costume de esperar algo de alguém ou de uma situação. A ideologia de deixar as coisas fluírem sem expectativas é o que almejamos, mas no fundo nos é difícil colocarmos em prática, pois ninguém quer que sua vida seja governada por algo fora de controle. Isso é do ser humano, queremos, desejamos e precisamos de controle.

No fim das contas sempre teremos a impressão de que nós governamos nossas vidas, mesmo que isso seja algo superficial. As vezes é necessário que passe uma “tempestade” sobre nós para que mudemos nosso - até então - conceito do que é a vida, que na realidade não existe. Isso mesmo, não existe conceito sobre a vida. Pode parecer tão simples responder o que ela é, mas no fundo ela é o que nós enxergamos e sentimos no momento.

Vivemos sempre através de dualidades: positivo/negativo, céu/trevas, entre outros. É a vida! Tudo o que precisamos é de uma rima, para que então não nos sentirmos sozinhos ao caminhar por esse longo e louco trajeto. Acredito na música de Emerson, Lake and Palmer, e defendo a mensagem que passa a canção “C’est La vie”: “Não deixe suas folhas (vidas) tornarem-se marrons”.

5 comentários:

  1. Pois é Rafa!
    Talvez o senso comum de muitos seja estar sempre a espera de algo , ou alguém!
    Penso em um eterno disperdicio!
    Não deve entregar A SUA felicidade na mão do próximo!
    Esse texto me fez refetir a auto-avaliação , de que de quanto tempo precisaremos para ser livres , para talvez poder sentir o amor verdadeiro!

    Parabéns, man!

    Boa escolha!


    "J'espère que les hommes l'amour, les uns aux autres par l'intensité de vos rêves" ;)

    Beijo!Beijo! ^^

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  2. Acho que uma das piores coisas na qual podemos refletir na vida é sobre, qual o significado da existência, mais ainda quando se tem uma visão meio cética do processo.
    Processo da vida: Nascer, desenvolver, evoluir e morrer.

    Esse é o ponto de vista da biologia sobre o ser vivo. O ser humano é, talvez por ser o único animal racional, uma criatura pomposa, então no momento em que descobrimos que existe a possibilidade da não haver sentido na vida.

    Adotando essa visão, pelo menos eu acho que talvez o sentido da vida seja tornar-se imortal, existe aquele ditado, estamos vivos enquanto pessoas ainda lembrarem de nós e nossa existência é ainda mais forte proporcionalmente a força de lembrança das pessoas.

    Então para mim o sentido da vida é fazer algo realmente significativo, mudar toda uma estrutura e assim tornar-se imortal.

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  3. Acho que pensar sobre qual o verdadeiro sentido da vida, pode ser algo, para nós mesmo, uma das piores coisas à se pensar, tendo visto que podemos dar de cara com uma bela decepção.

    Definição biológica de um ser vivo: Nascimento, evolução e morte.

    O ser humano, talvez por ser um animal "racional", é uma criatura extremamente pomposa, então torna-se para nós, muito difícil aceitar que talvez o sentido da nossa vida seja apenas manter o ciclo universal funcionando. Pensando nisso todas as nossas ideais, políticos, sociais e ecológicos, parecem ser realmente insteis né?

    Mas para me confortar um pouco mais, eu procuro acreditar que o sentido da vida seja tornar-se imortal. Dizem que enquanto um nome for lembrado, esse nome será vivo e ampliando esse contesto, digo que quanto mais forte a lembrança, mais forte a existência.

    Então acho que o sentido da vida seja fazer algo realmente significativo, que nos torne imortais.

    Abraços Rafa ótimo post.

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  4. @Carol Guimaraens - Concordo contigo! Antes de tudo, tem que haver um amor-próprio, e temos que nos colocar em primeiro lugar. A princípio pode parecer uma atitude egoísta, mas somente assim é que as coisas funcionarão, acredito eu!

    Gostei da frase! Realmente, se os homens amassem com a intensidade de seus sonhos, certamente muitas coisas no mundo não seriam como são!

    Fico feliz que tenha gostado desse modesto post!
    Beijos!

    @Rafael Alves Rocha - Ótima observação! Eu tenho o costume de dizer que um dos nossos objetivos (senão o maior, como você citou) é justamente "alcançar a verdadeira imortalidade". Lembro-me de minha infância quando penso nesse assunto, aonde um dia eu vi em uma das estantes de livros a coleção "Mulheres Imortais", e tinha perguntado para minha mãe o que aquilo significava e se alguém poderia viver (fisicamente) para sempre. Logo ela me explicou que não era assim, e que tais mulheres citadas naqueles livros toranarm-se imortais em seus feitos e suas idéias marcantes. Acho que isso define tudo!

    Valeu, Rafa!
    Abraços!

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  5. Sabe costumo fazer paralelos com filmes, pode parecer ridiculo, mas aprendo e mudo até certos hábitos, um que assisti e me lembra essa questão de vida foi O curioso caso de benjamin button, tem umas falas incriveis, e uma que não esqueci é de ter pelo menos uma coisa que lhe de orgulho nessa vida.
    É aquela coisa de tentar, o ruim é a parte do medo, aquela de errar e não ter como consertar, em que momento sei que acerto? Ou erro? Dificil saber, certeza nunca teremos.
    Eu ainda tenho minhas neuroses e acho que vou morrer com elas, pensar é a coisa mais critica pra mim, as vezes me ajuda, outras me mata, chego ser impulsiva, em outros momentos deixo de tomar decisões.
    É fascinante, mas da medo!

    ;*

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